Pra chamar de nós...


 Sempre tem gente pra chamar de nós, sejam milhares, centenas ou dois, essa frase da música de Marcelo Jeneci nunca me saiu da cabeça. Mas de tanto martelar em minha mente a frase se concretiza como fato. Dois quando bem dividido e compartilhado, se torna muita gente.
      O amor é preto, periférico, homo, errado, maconheiro, vulgar. Ele dança com outras coxas em bailes sujos no Capão Redondo, ele demora um ano para se assumir, ele chora no banheiro, sente saudade, medo, ciúmes. O amor é tudo aquilo que nós dissemos que não era, mas é bonito! Oh se é.... Bronzeado, crespo, amarrado, cacheado, macumbeiro, Sim! o amor traz de volta seu amor em sete dias. Ele nega até o fim, mas antes de morrer na praia ele vive, vive e vive se afogando nas águas misteriosas que são os corações alheios. Tradicional nunca foi, o amor não se conforma, é teimoso, revolucionário. Pois enquanto há quem amar, há amor e assim indiretamente há motivos pra chamar de nós.


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