Eu te odeio.

Acossado (1960)
Acossado

Uma vida de fugitivo,
Sem um lar, uma amante ou amigo
Até agora você nunca foi nada
Mas me vi presa, ameaçada
Amanheci cedo ao seu lado
Em seu peito me sentindo abençoada.

Nossas discussões
Meu orgulho, sua arrogância
Lhe trato como um tolo
Me trata como criança.

Mas uma estranha afeição
Sempre nasce entre nós dois
Porém eu tenho um futuro
E para nós não há um depois.

Acho que nossa semelhança
É algo muito mais profundo
O jeito que me faz sorrir,
O jeito que eu odeio o mundo.

Compartilhamos então
Nosso triste presente
Que é esse amor, esse agora
E nunca o para sempre.


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